"Tenho feito minha obrigação nomeando-me, fazei vossa cortesia correspondendo-me"

Textos falantes porque exigem resposta, diálogo...O título é inspirado em "Relógios Falantes" de D. Francisco Manuel de Melo, um apólogo dialogal em que o autor coloca em discussão dois relógios de igreja: o de Chagas em Lisboa e o da vila de Belas, criticando a hipocrisia e frivolidade dos seres humanos. Fiquemos com o diálogo e ignoremos a superioridade moral, a pior das doenças, segundo Agustina. Diálogo com outros textos , outras artes que nos convocam para uma conversa que nos nomeia.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Blimunda, mulher mistério


"...Blimunda,onde foi que aprendeste essas coisas, Estive de olhos abertos na barriga da minha mãe, de lá via tudo." 
"Só te direi que é um grande mistério, voar é uma simples coisa comparando com Blimunda"
Memorial do convento

A propósito do saber  feminino, um poema de António Franco Alexandre:

Já nasceste a saber o que eu não sei,
o que o lume na água mais procura;
se me dás de beber vou ter a sede
incessante da fonte mais impura.
Cada noite te peço que imagines
uma outra fina, elementar tortura,
como essa, de nunca mais arder
o corpo que no corpo se insinua.
Por cada gesto teu, leio almanaques
de vãs filosofias, para ter
a réplica prevista à tua altura;
por cada lábio, sou mais sábio que
toda a corte talmudista;
e ainda não sei o que ao nascer sabias.



sexta-feira, 21 de maio de 2010

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Memorial do convento em diálogo com a História

Os irmãos franceses Jacques e Joseph Montgolfier construíram o primeiro balão tripulado no ano de 1783, mas o pioneiro da construção do aeróstato(designação dada às aeronaves mais leves que o ar)foi o nosso Padre Bartolomeu de Gusmão, que realizou uma experiência na corte de D. João V em 1709: Saibam mais sobre a passarola em:
http://cvc.instituto-camoes.pt/ciencia/p2.html

Sobre Domenico Scarlatti deixo-vos também um link:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Domenico_Scarlatti
E para o escutarem:

Memorial do convento em diálogo com a poesia

Perguntas de um operário letrado de Bertold Brecht,dito por Mário Viegas



Operário em construção de Vinicius de Moraes

"Felizmente há luar" em diálogo com a História e o Cinema

Porque ler é falar com o texto e entendê-lo, deixo-vos alguns sites em que se podem documentar sobre a revolução francesa:
http://www.suapesquisa.com/francesa/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Revolu%C3%A7%C3%A3o_Francesa
http://palma.no.sapo.pt/indexfranc.htm
Os jacobinos: http://pt.wikipedia.org/wiki/Jacobinismo
A maçonaria: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ma%C3%A7onaria

O Filme Marie Antoinette de Sofia Copolla remete-nos para essa época, deixo-vos o trailler:

Felizmente há luar- diálogo com Sophia

PORQUE

Porque os outros se mascaram mas tu não
Porque os outros usam a virtude
Para comprar o que não tem perdão.
Porque os outros têm medo mas tu não.

Porque os outros são os túmulos caiados
Onde germina calada a podridão.
Porque os outros se calam mas tu não.

Porque os outros se compram e se vendem
E os seus gestos dão sempre dividendo.
Porque os outros são hábeis mas tu não.

Porque os outros vão à sombra dos abrigos
E tu vais de mãos dadas com os perigos.
Porque os outros calculam mas tu não.

Sophia de Mello Breyner Andresen, Mar Novo

Felizmente Há luar - leituras de alunos

"Há homens que obrigam todos os outros homens a reverem-se por dentro"

Há homens com tantas qualidades, com feitos baseados em princípios puros e honestos que servem de exemplo para os outros. - Andrian Ursu

Certas acções de um só homem atingem muitos à sua volta, obrigando-os a auto-avaliarem-se. - João Naré

Há homens com os quais nos devemos comparar para ver o que nos falta. - David Barradas

Há pessoas e actos que nos fazem pensar sobre quem somos, o que somos e o que queremos para nós. - Miguel Prego

Há homens que vêem a miséria mas ignoram-na, há homens que não concordam com leis, regras, injustiças, mas calam e consentem e (...) há homens justos, bondosos e corajosos que obrigam todos os outros a olharem para dentro de si mesmos e verem o quão cobardes foram em não fazer frente às injustiças. - Diogo Jorge

Por vezes, o que os outros fazem e a forma como agem, levam-nos a pensar e a fazer uma introspecção sobre aquilo que fazemos também, a forma como agimos e somos no nosso dia-a-dia. - Cátia Pedro